quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Bloco (BE) - A Epopeia do Azeite



A Epopeia do Azeite - 07.10.2008
Dados Técnicos / Données Techniques / Technical Data

Emissão/ émission/ issue :
2008/ 10/ 07

Bloco/ bloc/ souvenir sheet:
Com um selo/ avec 1 timbre/ with 1 stamp
€1,85 – 70 000

Design: José Brandão
Fotos / photos:
Papel/ papier/ paper:102g/m2
Formato/ format/ size: 40 x 30,6 mm
Picotagem/ dentelure/ perforation:
11 ¾ x “Cruz de Cristo”/” Croix du Christ “ / “Cross of Christ”
Impressão/ impression/ printing : offset
Impressor/ imprimeur/ printer : INCM



A EPOPEIA DO AZEITE
Através da presente emissão de selos, os CTT propõem uma viagem ilustrada pela história do azeite desde o plantio da oliveira e colheita da azeitona até à produção e armazenamento do produto final, num confronto entre clássicas e novas tecnologias. Importa, antes de mais, sublinhar as suas múltiplas finalidades: a ligação ancestral do azeite à gastronomia, mas também a sua utilização noutros domínios como a farmácia, a cosmética, o desporto, a liturgia religiosa ou ainda enquanto combustível essencial, único mesmo, em certas épocas, para a iluminação, quer particular quer dos espaços públicos.
Mas há outros aspectos na “epopeia do azeite” que vale a pena salientar. O legado cultural e material deixado indicia que foram os romanos os grandes agentes da introdução da oliveira no território que viria a ser Portugal. Os seus métodos de produção de azeite foram posteriormente assimilados e valorizados por outros povos, designadamente suevos, visigodos e muçulmanos (não será por acaso que as palavras azeitona e azeite radicam no árabe az-zaitouna e al-zait, respectivamente).
E se é verdade que a Expansão portuguesa da época dos Descobrimentos propiciou o escoamento do produto para outros mercados nos quais a oliveira não frutificava, como a Índia e o Brasil, o facto é que já no século XIV a produção do azeite deixou de se confinar ao espaço interno, tendo-se registado a sua presença inclusivamente no Norte da Europa, em países de climas frios, bem diversos dos do Mediterrâneo onde a oliveira tem condições privilegiadas de desenvolvimento.
Portugal não deixou por mãos alheias a tradição de país produtor de azeite. E se a iluminação já não é uma das suas principais utilizações, devido ao aparecimento de outras fontes de energia, bem mais cómodas, a nossa dieta tem valorizado o uso deste tempero, enriquecendo a gastronomia nacional e contribuindo para uma alimentação mais saudável.

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